ÁREA DE CONHECIMENTO: MATEMÁTICA
COMPETÊNCIA (BNCC)
Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
HABILIDADE (BNCC)
(EF03MA23) – Ler horas em relógios digitais e em relógios analógicos e reconhecer a relação entre hora e minutos e entre minuto e segundos.
OBJETIVO
Compreender as relações entre hora e minutos e entre minuto e segundos, utilizando os recursos tecnológicos disponíveis, como a criação de algoritmos.
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Esta sequência didática apresenta aos alunos quais são as medidas de tempo e suas relações entre si. Mostra também como funciona a leitura de tempo em relógios analógicos e digitais.
PONTO DE PARTIDA
Para os alunos:
A matemática é uma ciência exata que, na sua essência, foi criada para a resolução de problemas que apareciam no cotidiano dos povos antigos, e isso não mudou até hoje.
Um dos primeiros problemas que a humanidade teve, foi como medir o tempo. Na antiguidade, o Sol era extremamente importante. Os babilônios, por volta de 5000 a.C. perceberam que, em um ponto do dia, o Sol ficava a pino, não fazendo sombra para nenhum dos lados, a partir disso foi definido o que era a metade do dia e, pelo sistema matemático babilônico, o 12 foi escolhido para representar esse período, por ser submúltiplo de 60. Assim, eles dividiram o dia em 24 horas.
Então, foram sendo construídos relógios onde o ponteiro era fixo e a sombra criada pelo sol era o que media o tempo.
No século XIV foi inventado o relógio analógico e, desde então, não foi mais necessário o uso do relógio solar.
Nesta atividade, os alunos aprenderão sobre quais as relações que cada medida de tempo têm entre si, desde hora para minuto, a minuto para segundo, compreendendo a leitura de horas em relógios analógicos, utilizando algoritmos para isso.
Algoritmo é uma sequência de ações finitas e bem determinadas para solucionar um problema qualquer.
A utilização de algoritmos pode trazer imensas contribuições para a vida do estudante, principalmente na aprendizagem de disciplinas como a matemática, por utilizar a lógica para resolver problemas. Exemplo de algoritmo:
Algoritmo “Adição”
Var
Soma: inteiro
Inicio
escreva (“Esse algoritmo fará a adição de dois números:”)
Soma <- 15 + 50
escreva (“O resultado da adição é: “, Soma)
Fimalgoritmo
Observação:
- Variáveis:
Inteiro: variáveis do tipo inteiro, ou seja, números sem casas decimais;
Real: variáveis do tipo real, ou seja, números que possam, ou não, conter casas decimais;
Caractere: comporta variáveis do tipo string, ou seja, caracteres (textos e letras);
Lógico: define variáveis do tipo booleano, consistem em VERDADEIRO, ou FALSO.
- Comandos de saída de dados:
Escreva: escreve na tela do dispositivo tudo que está dentro da seguinte sentença (<Lista_de_expressão>).
Exemplo de utilização: Escreva (“Olá mundo!”)
Escreval: idêntico ao comando anterior, com a única diferença de pular uma linha.
- Comando de entrada de dados:
Leia: recebe qualquer valor digitado pelo usuário, atribuindo as variáveis que estão listadas no quadro de variáveis, cada uma com sua característica.
Exemplo de utilização: leia (a).
- Comando de atribuição:
<- : Este comando (menor que – <, seguido por um menos) é responsável pela atribuição de valores em uma variável, dependendo de que tipo de variável ela representa. Com o mesmo comando é possível que uma variável assuma o valor de outra.
Exemplo de utilização: VariavelTeste <- 150 + 30.
- Comandos de desvio condicional:
Se: esse é um comando especial, pois ele precisa ser iniciado para funcionar, diferente dos comandos apresentados anteriormente. O “se” é utilizado da seguinte forma:
Se <expressão lógica> entao <expressão lógica>
Códigos do algoritmo…
Fimse
Senao: este comando é utilizado em conjunto com a condicional “se”. Se “tal coisa” acontecer, então. Senão, “tal coisa” acontece.
O “senao” é utilizado da seguinte forma:
Se <expressão lógica> entao <expressão lógica>
Códigos do algoritmo…
Senao <expressão lógica> entao <expressão lógica>
Códigos do algoritmo…
Fimse
PROBLEMATIZAÇÃO
Para os alunos:
Para entender como as horas do dia funcionam, precisamos compreender suas relações entre hora, minuto e segundo. Para isso, existe uma fórmula de transformação entre essas medidas de tempo:
1 hora = 60 minutos
1 minuto = 60 segundos
Por exemplo:
5 horas = quantos minutos?
5 horas x 60 minutos = 300 minutos
Para transformar minutos em horas, fazemos o cálculo reverso da seguinte maneira:
60 minutos = 1 hora
120 minutos = 120:60 = 2 horas
Seguindo o exemplo, calcule e transforme as seguintes medidas de tempo:
- 3 horas em minutos:
- 15 minutos em segundos:
- 43 minutos em segundos:
- 300 segundos em minutos:
- 240 minutos em horas:
ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR:
Determine o tempo que os alunos terão para resolver as questões acima (cerca de vinte minutos são suficientes). Proponha que cada aluno tente resolver uma das questões ou que trabalhem em equipe.
Se os estudantes não terminarem dentro do prazo estabelecido, peça para concluírem em casa. Se necessário, pode-se propor que cada um tente fazer uma das questões no quadro, com o seu suporte.
Solução:
- 3 horas em minutos:
3 horas = 60 minutos x 3 = 180 minutos
- 15 minutos em segundos:
15 minutos = 60 segundos x 15 = 900 segundos
- 43 minutos em segundos:
43 minutos = 60 minutos x 43 = 2580 segundos
- 300 segundos em minutos:
300 segundos = 300:60 = 5 minutos
- 240 minutos em horas:
240 minutos = 240:60 = 4 horas
Vamos trabalhar com a leitura de relógios, principalmente os analógicos. Mostre aos alunos que existem divisões de 3 em 3 minutos e, que, para uma leitura correta, é necessário fazer uma multiplicação rápida. Lembre-se de comentar que o ponteiro maior marca as horas, por isso, ele se mexe em uma frequência mais baixa, enquanto os ponteiros menores marcam minutos e segundos, respectivamente.
INTERVENÇÃO
Para os alunos:
Encontrou alguma dificuldade em fazer esses cálculos de transformação em outras medidas de tempo? Será que existe alguma forma de facilitar isso? E se usássemos um algoritmo para fazer esse trabalho de transformação?
Construa um algoritmo que seja capaz de fazer o cálculo das conversões que você acabou de fazer. Lembre-se que para transformar hora em minuto multiplica-se por 60, a mesma coisa acontece quando a conversão é de minuto para segundo. Já de segundo para minuto, o cálculo é o contrário, divida a quantidade de segundos por 60 para obter os minutos, a mesma coisa acontece de minutos para horas.
ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR:
Oriente os alunos sobre como os algoritmos podem ser escritos em softwares para criar programas. Nesse caso, serão utilizadas as funções básicas desses softwares, como o “escreva”, o “leia” e a utilização dos operadores matemáticos básicos, como a multiplicação e a divisão.
Exemplo:
Algoritmo “conversões de tempo“
Var
a: inteiro
b: inteiro
c: real
Inicio
a <- 300
b <- 60
c <- 300/60
escreva (“a conversão de 300 segundos para minutos é: “, c)
Fimalgoritmo
Promova uma discussão entre os alunos, levantando tópicos como a importância dessas medidas de tempo em nossas vidas. Pode-se apresentar o conceito de fuso horário, mostrando que o mundo não tem o mesmo horário o tempo todo. Mencione o Japão que tem o fuso horário de 12 horas.
Deixe que os alunos investiguem a construção do algoritmo e todas as conversões de tempo que podem ser utilizadas com esses algoritmos.
CRIAÇÃO/AVALIAÇÃO
Para os alunos:
- Crie um algoritmo que seja capaz de ler o tempo de duração de um evento, para controle da empresa. Essa duração terá que ser digitada pelo usuário.
- Esse algoritmo terá que ser capaz de transformar essa quantidade de horas em minutos e segundos.
- Apresente o resultado em tela, mostrando a conversão total.
Solução:
Algoritmo “conversões de tempo”
Var
a: inteiro
b: real
c: real
Inicio
escreva (“digite quantas horas o evento durou? “)
leia (a)
b <- a*60
escreval
escreva (“o evento, em minutos, durou: “, b)
c <- b*60
escreval
escreva (“o evento, em segundos, durou: “, c)
Fimalgoritmo
Lembrando que não existe apenas uma forma de construir esse algoritmo, desde que o resultado seja correto, o algoritmo poderá estar certo!
COMPARTILHAMENTO
Para os alunos:
Todo trabalho desenvolvido, seja individual ou em equipe, deve ser compartilhado em um espaço adequado. Faça uma mostra em sala de aula e, posteriormente, com toda a comunidade escolar (docentes, discentes, colaboradores, pais ou responsáveis) para que o trabalho não se torne apenas mais um. Busque formas de divulgação em sua unidade de ensino, seja por meio de mídias sociais ou mostrando aos colegas de outras turmas.