COMPONENTE CURRICULAR: CIÊNCIAS
COMPETÊNCIA (BNCC)
1. CG 01 – Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
2. CG 02 – Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
3. CG 04 – Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
4. CG 06 – Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
5. CG 07 – Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
6. CG 10 – Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
HABILIDADE (BNCC)
(EF07CI11) – Analisar historicamente o uso da tecnologia, incluindo a digital, nas diferentes dimensões da vida humana, considerando indicadores ambientais e de qualidade de vida.
(EF07GE08) – Estabelecer relações entre os processos de industrialização e inovação tecnológica com as transformações socioeconômicas do território brasileiro
OBJETIVO
Compreender os impactos ambientais do descarte de peças de computadores e eletrônicos, bem como sua relação com a sustentabilidade de forma mais ampla.
SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Esta sequência se propõe a estimular a compreensão dos impactos ambientais do descarte de peças de computadores e eletrônicos, bem como sua relação com a sustentabilidade de forma mais ampla.
PONTO DE PARTIDA
ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR:
O ponto de partida consiste na apresentação da definição de lixo eletroeletrônico, das fontes de lixo, além dos impactos ambientais relacionados a ele.
PROBLEMATIZAÇÃO
ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR:
Todos os anos adquirimos diversos aparelhos eletrônicos, relógios, celulares, aparelhos de Televisão, Computadores, Notebooks, Tablets entre outros, porém em raros momentos pensamos: “Isso tudo deve ir para algum lugar”.
Parece que foi ontem, que tínhamos uma TV de Tubo, um aparelho de Videocassete ou um rádio toca-fitas, mas afinal para onde foram esses aparelhos?
Nós temos o hábito de chamar de “Lixo”, tudo aquilo que não nos serve mais, tudo que for inútil, imprestável, velho, sem valor, algo que perde utilidade, mas e se for um aparelho eletrônico?
Chamamos então de “Lixo Eletrônico”, que por definição, é o nome dado aos resíduos resultantes da rápida obsolescência de equipamentos eletrônicos (incluindo televisores, celulares, computadores, geladeiras e outros dispositivos).
Estes resíduos descartados geram um risco enorme para o meio ambiente, pois possuem em sua composição materiais altamente tóxicos, tais como mercúrio, cádmio, berílio e chumbo, que em contato com o solo, contaminam o lençol freático e se queimados poluem o ar, além de causar doenças graves ao catadores que sobrevivem da venda deste material.
Quando descartamos um aparelho desses, estamos gerando lixo eletrônico, que se não receberam a destinação correta irão gerar as implicações acima descritas, como referência, a Figura 1 mostra a porcentagem que cada equipamento representa na composição de lixo eletroeletrônico.
No Brasil, o tempo médio de uso de um celular é inferior a dois anos e o de um computador é de quatro anos em empresas e de cinco anos em residências, além disso, nosso país é líder na América Latina na produção de lixo eletrônico.
O relatório sobre lixo eletrônico de 2020, da ONU, desta que a China é o maior produtor de lixo eletrônico, com o descarte de 10,1 milhões de toneladas. Depois estão os Estados Unidos com 6,9 milhões de toneladas e a Índia com 3,2 milhões. O Brasil lidera com 2141 toneladas ao lado do Chile.
O mesmo relatório, chama a atenção para a ameaça do aquecimento global e observa que 98 milhões de toneladas de dióxido de carbono foram liberadas na atmosfera como resultado da reciclagem inadequada de geladeiras e aparelhos de ar condicionado em processo “não documentado”.
O mundo gerou 53,6 mega toneladas de lixo eletrônico, uma média de 7,3 kg por pessoa. O total do lixo eletrônico gerado aumentou 9,2 mega toneladas desde 2014 e deve crescer para 74,7 mega toneladas em 2030. Esse crescimento corresponde a quase o dobro em 16 anos. A tendência de aumento da quantidade de lixo eletrônico deve-se principalmente às altas taxas de consumo de equipamentos elétricos e eletrônicos, ciclos de vida curtos e poucas opções de reparo.
Um exemplo foi de uma das maiores fábricas de baterias industriais e de automóveis do país, que tinha o chumbo como um dos seus principais componentes, gerou uma poluição séria no solo na sede da empresa, além disso, os metais pesados envolvidos com o tempo, podem causar doenças cardiovasculares, hepáticas e do sistema nervoso.
Os cartuchos de toners de impressora também contêm um pó, que, ao entrar em contato com o fogo, libera gás metano. Além de agredir o meio ambiente, o componente também pode causar problemas respiratórios. O descarte incorreto da tinta proveniente desses cartuchos pode contaminar o solo e lençol freático, o que deixa o terreno inapropriado para uso e a água para consumo.
Como uma solução a esse problema, o Governo Brasileiro, criou em 2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/10). Segundo a lei, os fabricantes, distribuidores, comerciantes, consumidores e os titulares dos serviços públicos de limpeza devem tomar medidas para minimizar o volume de resíduos gerados e instituir uma cadeia de recolhimento e destinação ambientalmente adequada pós-consumo.
Algumas empresas como Apple, Samsung, Acer, Positivo, HP, LG, Sony, Huawei, Asus, entre outras apresentam canais específicos para recolhimento de lixo eletrônico, além de metas próprias de reciclagem, diminuindo o impacto ambiental gerado pelos seus produtos consumidos.
“Mas e a reciclagem desse material, como acontece?”
O processo de reciclagem do lixo eletrônico começa com a coleta correta do material, em seguida os aparelhos são desmontados por um processo chamado manufatura reversa, que é o movimento inverso ao de uma linha de montagem. Cada material é classificado (plásticos, metais, placas de circuito, vidros, metais pesados, elementos químicos, etc.).
O que pode ser reciclado, será, sendo esta realizada nos centros que realizam a separação, se possuírem estrutura para isso, ou em empresas especializadas em cada tipo de material.
O material a ser reciclado é reduzido por trituração ou compactação para minimizar os custos com transporte.
Por fim, podemos elencar 4 dicas para diminuir a geração de lixo eletrônico:
1. Faça compras inteligentes! – compre o que precisa e se precisa, evite compras por impulso, fuja daquela famosa “Promoção Imperdível”, pense sempre, “Você realmente precisa disso?”.
2. Cuide bem dos seus equipamentos eletrônicos – preserve e faça uso correto dos seus equipamentos, tome os devidos cuidados, realize as manutenções necessárias.
3. Doe os eletrônicos em bom estado – se você realmente decidiu trocar o equipamento, doe o que você já possui, com certeza há quem precise dele.
4. Faça o descarte correto do seu lixo – procure a fabricante ou representante nacional do seu equipamento, veja se a prefeitura da sua cidade não possui um programa de coleta seletiva de eletrônicos, não descarte no lixo comum!
Seja consciente, o planeta agradece!
Para os alunos:
Com certeza você possui um celular, um notebook, um Desktop, uma televisão, da mesma forma, que você já comprou, ou observou a compra de um aparelho novo, porém você já se perguntou: “e o antigo, para onde foi?”.
Parece que foi ontem, que tínhamos uma TV de Tubo, um aparelho de Videocassete ou um rádio toca-fitas, mas afinal para onde foram esses aparelhos?
Nós temos o hábito de chamar de “Lixo”, tudo aquilo que não nos serve mais, tudo que for inútil, imprestável, velho, sem valor, algo que perde utilidade, mas e se for um aparelho eletrônico?
Chamamos então de “Lixo Eletrônico”, que por definição, é o nome dado aos resíduos resultantes da rápida obsolescência de equipamentos eletrônicos (incluindo televisores, celulares, computadores, geladeiras e outros dispositivos).
Estes resíduos descartados geram um risco enorme para o meio ambiente, pois possuem em sua composição materiais altamente tóxicos, tais como mercúrio, cádmio, berílio e chumbo, que em contato com o solo, contaminam o lençol freático e se queimados poluem o ar, além de causar doenças graves ao catadores que sobrevivem da venda deste material.
Quando descartamos um aparelho desses, estamos gerando lixo eletrônico, que se não receberam a destinação correta irão gerar as implicações acima descritas, como referência, a Figura 1 mostra a porcentagem que cada equipamento representa na composição de lixo eletroeletrônico.
No Brasil, o tempo médio de uso de um celular é inferior a dois anos e o de um computador é de quatro anos em empresas e de cinco anos em residências, além disso, nosso país é líder na América Latina na produção de lixo eletrônico.
O relatório sobre lixo eletrônico de 2020, da ONU, desta que a China é o maior produtor de lixo eletrônico, com o descarte de 10,1 milhões de toneladas. Depois estão os Estados Unidos com 6,9 milhões de toneladas e a Índia com 3,2 milhões. O Brasil lidera com 2141 toneladas ao lado do Chile.
O mesmo relatório, chama a atenção para a ameaça do aquecimento global e observa que 98 milhões de toneladas de dióxido de carbono foram liberadas na atmosfera como resultado da reciclagem inadequada de geladeiras e aparelhos de ar condicionado em processo “não documentado”.
O mundo gerou 53,6 mega toneladas de lixo eletrônico, uma média de 7,3 kg por pessoa. O total do lixo eletrônico gerado aumentou 9,2 mega toneladas desde 2014 e deve crescer para 74,7 mega toneladas em 2030. Esse crescimento corresponde a quase o dobro em 16 anos. A tendência de aumento da quantidade de lixo eletrônico deve-se principalmente às altas taxas de consumo de equipamentos elétricos e eletrônicos, ciclos de vida curtos e poucas opções de reparo.
Um exemplo foi de uma das maiores fábricas de baterias industriais e de automóveis do país, que tinha o chumbo como um dos seus principais componentes, gerou uma poluição séria no solo na sede da empresa, além disso, os metais pesados envolvidos com o tempo, podem causar doenças cardiovasculares, hepáticas e do sistema nervoso.
Os cartuchos de toners de impressora também contêm um pó, que, ao entrar em contato com o fogo, libera gás metano. Além de agredir o meio ambiente, o componente também pode causar problemas respiratórios. O descarte incorreto da tinta proveniente desses cartuchos pode contaminar o solo e lençol freático, o que deixa o terreno inapropriado para uso e a água para consumo.
Como uma solução a esse problema, o Governo Brasileiro, criou em 2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/10). Segundo a lei, os fabricantes, distribuidores, comerciantes, consumidores e os titulares dos serviços públicos de limpeza devem tomar medidas para minimizar o volume de resíduos gerados e instituir uma cadeia de recolhimento e destinação ambientalmente adequada pós-consumo.
Algumas empresas como Apple, Samsung, Acer, Positivo, HP, LG, Sony, Huawei, Asus, entre outras apresentam canais específicos para recolhimento de lixo eletrônico, além de metas próprias de reciclagem, diminuindo o impacto ambiental gerado pelos seus produtos consumidos.
“Mas e a reciclagem desse material, como acontece?”
O processo de reciclagem do lixo eletrônico começa com a coleta correta do material, em seguida os aparelhos são desmontados por um processo chamado manufatura reversa, que é o movimento inverso ao de uma linha de montagem. Cada material é classificado (plásticos, metais, placas de circuito, vidros, metais pesados, elementos químicos, etc.).
O que pode ser reciclado, será, sendo esta realizada nos centros que realizam a separação, se possuírem estrutura para isso, ou em empresas especializadas em cada tipo de material.
O material a ser reciclado é reduzido por trituração ou compactação para minimizar os custos com transporte.
Por fim, podemos elencar 4 dicas para diminuir a geração de lixo eletrônico:
1. Faça compras inteligentes! – compre o que precisa e se precisa, evite compras por impulso, fuja daquela famosa “Promoção Imperdível”, pense sempre, “Você realmente precisa disso?”.
2. Cuide bem dos seus equipamentos eletrônicos – preserve e faça uso correto dos seus equipamentos, tome os devidos cuidados, realize as manutenções necessárias.
3. Doe os eletrônicos em bom estado – se você realmente decidiu trocar o equipamento, doe o que você já possui, com certeza há quem precise dele.
4. Faça o descarte correto do seu lixo – procure a fabricante ou representante nacional do seu equipamento, veja se a prefeitura da sua cidade não possui um programa de coleta seletiva de eletrônicos, não descarte no lixo comum!
Seja consciente, o planeta agradece!
INTERVENÇÃO
ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR:
Como proposta de intervenção, sugere-se duas etapas.
Primeira etapa – Questione a destinação que é dada normalmente ao lixo eletrônico produzido nas devidas residências, o que eles costumam fazer com pilhas, baterias e dispositivos antigos obsoletos.
Segunda etapa – Proponha uma pesquisa: A sua escola, ou o seu bairro, cidade, possui uma campanha de recolhimento de eletrônicos? Ou um local específico para destinação destes?
Como uma etapa complementar, caso não exista um local na escola para destinação deste tipo de lixo, criar uma campanha, estruturada pelos alunos de um local específico para destinação deste tipo de lixo.
Para os alunos:
Agora responda:
1º) O que você costuma fazer com pilhas, baterias e aparelhos eletrônicos antigos que não usam mais?
2º) Sua escola, seu bairro ou sua cidade, possui um programa de recolhimento de lixo eletrônico, ou um local específico para destinação deste?
CRIAÇÃO/AVALIAÇÃO
ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR:
A avaliação deve ser baseada no reconhecimento e compreensão dos impactos ambientais relacionados com a produção de tecnologia.
COMPARTILHAMENTO:
ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR:
Sugere-se a elaboração de cards, página web, para exposição ampla de conceitos relacionados aos impactos ambientais causados pelo uso indiscriminado da tecnologia e descarte incorreto de dispositivos eletrônicos.